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Indústria 4.0: o que muda na saúde

Com certeza você já ouviu falar na indústria 4.0. Se não ouviu, mas utiliza a nuvem para compartilhar dados, já conversou com Inteligências Artificiais, como: Siri e Alexa, ou se leva em seu pulso um smartwatch, você já faz parte da chamada Quarta Revolução Industrial, ainda que não soubesse disso. 

É uma mudança de paradigmas que está transformando a forma como trabalhamos, interagimos uns com os outros e vivemos. Enquanto no século XVII, a máquina a vapor mudou a forma como o ser humano produzia, agora é a vez de computadores hiperconectados e total automação das linhas de produção. Redes de equipamentos inteligentes são usada para enxergar oportunidades e soluções, as quais não poderiam ser vistas com tanta facilidade ou agilidade pelo olho humano. 

Fora das fábricas, a Inteligência Artificial já está mudando a interação entre máquinas e pessoas. Os equipamentos se tornam capazes de tomar decisões por nós e de cooperar conosco no dia a dia. Em um cenário onde o mundo físico e digital se misturam, as geladeiras avisam que seus suprimentos acabaram e até fazem compras por você online. Seu aspirador é acionado automaticamente e mapeia a casa para saber as áreas que ainda precisam de limpeza – e você pode monitorar esse movimento online. São funcionalidades práticas e banais, que já são a realidade que a internet das coisas estabeleceu.   

Healthcare 4.0 

Na saúde, ganhos podem ser ainda mais expressivos. Na chamada Saúde 4.0, a tecnologia está auxiliando os médicos a tomarem decisões corretas mais rapidamente, com o apoio de sistemas cibernéticos que estão cada vez mais presentes na rotina dos profissionais. São gatilhos tecnológicos usados para aumentar a produtividade. Entre eles estão robôs autônomos, impressão 3D, internet das coisas, computação em nuvem, simulações em realidade aumentada e Big Data Analytics. Todas essas tecnologias consomem, processam e entregam uma grande quantidade de dados – volume impossível de ser analisado pelas mãos humanas em pouco tempo, portanto, o processamento fica por conta da IA.   

Somente nos dois últimos anos (2018 e 19) foram gerados mais dados do que em todo o restante da história da humanidade. São números expressivos em todas as áreas. Na saúde não seria diferente, ainda mais sendo o segmento que mais investe em tecnologia em todo o mundo. São utilizadas diversas técnicas de análise de dados, entre elas a técnica de associação, por exemplo, para vincular pessoas que realizaram determinados exames preventivos, com o objetivo de saber quem são os pacientes crônicos. 

Com a técnica de segmentação, por sua vez, é possível identificar o padrão de comportamento que apresenta o desfecho mais adequado àquela população, a partir dos indicadores de doenças como câncer e diabetes, por exemplo. Os médicos podem até “prever o futuro” e fazer estimativas a partir de valores e dados do indivíduo. Por meio dessas técnicas, os profissionais envolvidos na área da saúde podem organizar os dados que precisam e entregar um serviço diferente ao paciente, com mais qualidade e menor custo. Este é um momento de grandes mudanças, em que a tecnologia está cada vez mais acessível.  

Estes avanços também têm o potencial para melhorar o trabalho dos profissionais de saúde, fazendo com que o paciente se torne novamente o foco de suas ações e não atividades rotineiras, repetíveis e automatizáveis. Estima-se que 90% do tempo do profissional de saúde é gasto com esses processos e apenas 10% com o paciente. É isso que a saúde 4.0 quer reverter. E não é demais dizer que o Burnout no setor está muitas vezes relacionado aos serviços burocráticos, como análise de documentos e preenchimento de formulários.  

Com seus modelos preditivos e prescritivos, a Inteligência Artificial está mudando a forma de entregar saúde. Aqui, não são aceitos falta de orientação, mal atendimento, nem falta de informação. Assim como não vivemos sem energia elétrica, seremos dependentes da IA. Hospitais públicos e filantrópicos do Brasil já estão entrando no movimento da Saúde 4.0. Como exemplos temos os sistemas ligados a exames por imagem, que têm a capacidade de colocar os pacientes mais graves na frente da fila de espera pelo atendimento. Outras exemplo é o Robô Laura, um sistema que avalia os indicadores do paciente e indica risco de sepse em tempo real. Existem ainda tecnologias utilizadas na farmácia clínica, com sistemas que fazem a avaliação da questão da interação medicamentosa.  

Estamos vivendo um momento onde a inovação precisa fazer parte da estratégia do seu negócio. Afinal, o arriscado nessa fase é não mudar. 

 

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