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A engenharia por trás dos hospitais de campanha

Os hospitais de campanha têm papel fundamental no tratamento da pandemia de coronavírus no Brasil. As principais capitais e grandes cidades estão trabalhando para que não faltem leitos para os infectados pela doença e encontraram uma saída para suprir a demanda de internações pelo vírus por meio da construção de hospitais provisórios. Os pacientes encaminhados devem ser aprovados pela Secretaria Municipal de Saúde após terem passado por uma triagem em outros hospitais ou unidades básicas de saúde.

A engenharia dos hospitais de campanha deve ser pensada para cada grau de complexidade dos leitos e ambientes que receberão os enfermos. Nestes casos, a complexidade está em prover soluções que garantam as melhores condições de atendimento, e trabalho, num espaço de tempo extremamente reduzido. Os leitos de isolamento e estabilização contam com logísticas e equipamentos diferentes. Os pacientes com casos mais graves precisam de atenção maior. Se o quadro evoluir, é preciso uma transferência rápida para a UTI (Unidade de Terapia Intensivo). Nas UTIs, temos, por exemplo, equipamentos médicos mais específicos, uma relação equipe médica por leito maior e a necessidade de um sistema de ar-condicionado com filtros biológicos e balanceamento de pressão entre ambientes cuidadosamente dimensionado para garantir que o ar contaminado não saia dos leitos para os corredores ou áreas de apoio, ou seja, possuam pressão negativa e os contaminantes sejam retirados do ambiente e filtrados antes do ar ser devolvido à atmosfera.

Soluções mais simples, para leitos de baixa complexidade (pacientes em estado menos crítico), podem ser feitas com estruturas provisórias de lona ou divisórias temporárias. Para pacientes em situação mais crítica, os requisitos do ambiente passam a ser mais complexos.

Um espaço adequado para atendimento de pacientes não se restringe só ao ambiente dos leitos. Esses centros de cuidado também precisam contar com farmácia, áreas de higienização e desinfecção, estoques de medicamentos, estoques de enxoval, EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e materiais de consumo. Áreas de apoio para a equipe médica são extremamente importantes. Num ambiente como este está em jogo não só a saúde dos pacientes, mas também para a equipe médica e de apoio. A segurança biológica de todos os envolvidos é fundamental.

 

A construção desses hospitais provisórios deve ser realizada de forma ágil e de acordo com a nota técnica elaborada pela Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. São recomendações estruturais e técnicas que devem ser adaptadas à realidade de cada local. O documento também estabelece parceria com os corpos de bombeiros locais quanto às instalações de segurança e de proteção contra incêndio.

Os hospitais de campanha contam com um trabalho em equipe entre as empresas de engenharia e os médicos dos hospitais responsáveis pela gestão desses centros de ajuda. A sintonia nesta parceria garante que a equipe de engenharia e os especialistas envolvidos conheçam mais sobre as especificidades médicas daquele grupo e possam fornecer todos os ambientes necessários de maneira prática.

Quando a engenharia encontra a medicina, há espaço para salvar muitas vidas!

 

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