A pandemia do Covid-19 mudou a forma como vivemos e trabalhamos. Desde 2020 fomos surpreendidos por diversas mudanças no cotidiano, como o uso de máscara e o distanciamento social. Como desdobramento desse cenário, todos os setores do mercado de trabalho tiveram que se adaptar, dos centros hospitalares aos comércios e escritórios.
Em muitos casos o trabalho remoto foi imposto diante da crise sanitária mundial, de maneira muito inesperada, que assustou muita gente. Passado mais de um ano, esse cenário abriu os olhos de diversas companhias para um novo modelo de trabalho. E, a partir daí, o modelo remoto passou a ser uma alternativa palpável.
O trabalho remoto é uma expectativa para diversas pessoas em um ambiente pós pandemia, porém de forma híbrida. Segundo pesquisa da Fortinet, a expectativa é que cerca de 30% das empresas irão manter esse modelo e esperam que mais de 50% de seus funcionários trabalhem em um modelo híbrido. Entretanto, esse modelo requer mudanças e readequações para o pós-pandemia.
Nos escritórios, novos formatos que começarão a ser implantados, e as tendências são de espaços amplos, com planta livre que permita flexibilidade do layout. O trabalho na pandemia trouxe a preocupação com a saúde mental e bem-estar dos funcionários, o que traz uma nova demanda: espaços mais coletivos e integrados, que permitam a interação dos colaboradores. O escritório passará a ser muito mais que um espaço de trabalho, ele será um local para socialização dos funcionários. É importante também levar em consideração espaços mais reservados e silenciosos, essenciais para reuniões e conferências.
Com o início da pandemia, foi possível diagnosticar que muitos locais não conseguiram se adequar para os novos parâmetros que garantissem a segurança de todos. Dessa forma, conseguimos identificar que a segurança biológica é um fator que deve ser considerado desde o projeto inicial. Locais mais arejados devem ser preferência, permitindo circulação e troca frequente do ar. Da mesma forma, é importante também considerar o material das superfícies, que permitam higienização e desinfecção, além da disposição de pontos de álcool em gel e da diminuição de superfícies de contato, através de portas com sensor de movimentos ou reconhecimento facial.
Com o modelo de trabalho híbrido, muitas pessoas também podem optar pelos ambientes de coworking, espaços que trazem mais conforto e qualidade ao trabalho remoto. As empresas poderão também optar pela criação de pontos próprios de trabalho distribuídos pela cidade, bases menores do escritório central. Dessa forma, os colaboradores poderão percorrer distâncias menores e trabalhar em um espaço mais próximo às suas residências.
Diante desse novo modelo, a procura por diferentes formas de armazenamento também será cada vez maior. Essa tendência já vinha sendo observada ao longo dos últimos anos, e com o surgimento da pandemia observou-se a necessidade de locais de armazenamento em nuvem, com fácil acesso dos funcionários que poderão estar em diversas regiões do país – e também do mundo. O mercado da engenharia e construção trabalha com o gerenciamento de diversas informações e projetos, e com a construção industrializada e o conceito de Lean Construction, cada vez mais inovação tecnológica está inserida nos processos. O acesso a essas informações e a automação dos processos tornam o armazenamento em nuvem essencial.
Sendo assim, os data centers são considerados o futuro do armazenamento. Essa procura, entretanto, gera uma série de demandas para os locais de instalação. Levantamento da JLL cita alguns aspectos importantes para serem levados em conta, como: flexibilidade para expansão, acesso à internet de alta qualidade e rapidez, que promova processos com maior agilidade e eficácia. Com a instalação do 5G no Brasil, que já deve estar disponível em 2022, esses processos tendem a ficar ainda mais ágeis, garantindo fácil acesso a esses dados das mais diversas localidades do país.
A pandemia trouxe aos ambientes de trabalho desafios, que se desdobraram em tendências que deverão ser aplicadas nos próximos anos. Soluções criativas, nos últimos anos, cada vez mais fazem parte do mercado de engenharia e esse cenário ressaltou a necessidade de estarmos sempre prontos para mudanças, e encarar de forma arrojada novas oportunidades para crescer e inovar.
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